7 de set. de 2011

“Viva, viva, viva a independência do Brasil, do Brasil!”

Isso é o que me faziam cantar na escola. Depois falam que a gente faz piada de português. Enquanto as colônias espanholas travavam sangüentas lutas para se libertar de seus opressores, no Brasil a independência chegou por correio. Olha só: os próprios conquistadores o fizeram! Não faz sentido? (deve ter sido pra poupar o trabalho dos brasileiros, né).  

Mas, realmente, muito o que se comemorar: o Brasil se tornou “independente” dez anos depois dos demais países latinos, e ainda escolheu a forma de monarquia em vez de República! Ah, sem falar que aqui ainda tinha escravidão a rodo. Seus resquícios permaneceram até a metade do século XX! Agora o negócio é tentar compensar né. Tipo, imagina a polêmica que seria fazer aquela música hoje: “Lá vem o Negão cheio de paixão te catar, te catar, te catar...”

Mas os tempos são outros. As crianças de hoje não sabem como ardia passar merthiolate nos joelhos esfolados. Eu usava toda hora... bicicleta, patins, jogando bola, polícia e ladrão (hoje ladrão e ladrão), etc.

Eu sou do tempo em que mudar de fase do vídeo game era ver o gráfico mudar de cor. Ah, não faz tanto tempo assim, não viu! Lembro do nosso primeiro computador em 97. Cara, minha irmã e eu quase saíamos na mão pra jogar paciência no Windows! Hahaha...

Essa coisa da tecnologia é engraçada. Lembro de ficar horrorizada quando minha mãe contava da primeira tv a cores na década de 60. E que os vizinhos se reuniam pra assistir na casa do outro. Ou na década de 80 mesmo, quando poucas pessoas tinham linhas telefônicas fixas, e o aparelho ainda não era de teclas, mas de discar. Fichas de orelhão...

Meus filhos ficarão horrorizados quando eu contar que na minha adolescência não tinha internet nem celular.  Eles vão me olhar como se eu fosse um dinossauro! Eu já me sinto esquisita quando falam de I-pad, I-phone, MP20... nem sei o que são essas coisas. As pessoas estão vivendo mais o virtual que o social-real. Daqui a pouco estão se casando com os produtos eletrônicos. Parece que não somos tão independentes assim...

Porque rir faz bem... e eu levo isso a sério!

2 comentários:

  1. Fiquei com vontade de jogar paciência! rs

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  2. Ah, e quando eu era criança, nós tínhamos que passar o telefone da vizinha para recados, porque não tínhamos um em casa. Acho que você nem se lembra disso... A gentil dona Ruth!

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